Os lubrificantes são essenciais para o funcionamento diversos tipos de maquinas, desde motores e turbinas até engrenagens e rolamentos. No entanto, os lubrificantes também podem ser vulneráveis à contaminação proveniente de várias fontes, como sujeira, poeira, água, partículas de metal, micróbios e produtos químicos. A contaminação pode degradar a qualidade e o desempenho dos lubrificantes, levando ao aumento do desgaste, atrito, corrosão, oxidação e formação de verniz nas máquinas. Isso pode resultar em:
Redução da eficiência
Aumento do tempo de inatividade
Custos de manutenção mais elevados
Vida útil mais curta do equipamento
A importância do controle da contaminação de lubrificantes - tanto na prevenção quanto na remoção, frequentemente passa despercebida, apesar das consideráveis repercussões financeiras e operacionais que isso acarreta. É crucial que os profissionais de manutenção compreendam a importância do controle da contaminação de lubrificantes nas operações.
Na indústria em geral, é amplamente reconhecido que os contaminantes contribuem direta ou indiretamente para 60 à 70% de todas as falhas de componentes lubrificados em banho de óleo. Nos equipamentos de terraplenagem, esse número é ainda maior e talvez tão alto quanto 85 à 90%.
Partículas de Poeira
A poeira é óbvia, mas não é apenas as partículas visíveis que causam problemas de contaminação em sistemas mecânicos. Se pudermos as ver ou sentir, é provável que as partículas excedam o tamanho de 100 mícrons. No entanto, os verdadeiros vilões, são as partículas onde sua faixa de tamanho é de 1 à 5 mícrons. Normalmente você pode ver uma partícula de 40 mícrons em um pedaço de papel branco, mas uma partícula de sujeira de 3 mícrons é extremamente pequena para ser vista sem o auxilio de um microscópio.
Seu impacto é semelhante em sistemas hidráulicos, pois bombas de pistão tem folgas internas abaixo de 5 mícrons, enquanto que válvulas tem folgas internas que variam na faixa de 1 à 10 mícrons, dependendo do tipo de válvula, operação e pressão. Não são apenas as partículas que entram no sistema hidráulico que causam todos os problemas, mas estudos mostraram que partículas de desgaste geram mais desgaste, em estágio abrasivo dentro da máquina.
Umidade
A água é talvez o segundo contaminante mais comum encontrado em máquinas e equipamentos industriais e ela pode ser encontrada em três formas distintas:
Água livre refere-se à água que se separou do óleo e está assentada no fundo do reservatório ou tanque.
Água emulsificada é a mistura da água com o lubrificante que está sendo fornecido para a lubrificação de todas as peças móveis, e portanto esse é o nosso maior problema.
Água dissolvida com o óleo se torna em uma emulsão e tem baixa resistência do filme lubrificante e com isso é incapaz de suportar a carga dinâmica. Além disso, como a água flui através dos limites de lubrificação, mudanças repentinas de pressão podem resultar em implosão microscópica, eventos que são especialmente prejudiciais para as bombas.
O Controle da Contaminação
Devido ao impacto dos contaminantes na vida útil do equipamento, o controle da contaminação deve ser um componente importante de qualquer Programa de Lubrificação e de Manutenção. O primeiro passo a ser dado é manter as partículas de poeira e umidade em primeiro lugar fora do sistema de lubrificação. Partículas de poeira e umidade entram nas máquinas por duas áreas principais: vedações e respiradores de ar.
Respiradores Dessecantes
Igualmente importantes são os respiradores de ar. Um exemplo é o que acontece em máquinas alternativas, quando uma haste se estende para fora do cilindro, o volume do fluido hidráulico necessário para estender o braço precisa ser substituído por ar que entra pelos respiros do tanque. A maioria dos respiros de tanques faz um mau trabalho e não evitam que partículas de poeira (1 a 10 mícron) entrem no sistema e do mesmo modo não faz absolutamente nada para evitar a entrada da água. Para evitar adequadamente a entrada de partículas e umidade através do respiro, saídas de ar devem ser atualizadas para respiradores dessecantes de eficiência que remova a umidade usando sílica gel que possuam um elemento de remoção de partículas de 1 mícron integrado.
Finalmente para que a eficiência o Programa de Controle de Contaminação permaneça elevada, é importante implementar práticas de Manutenção Preditiva como o monitoramento da qualidade do lubrificante através da Análise de Óleo, bem como práticas de Manutenção Preventiva, como a filtragem do lubrificante tanto no abastecimento dependendo do equipamento bem como na redução dos níveis de contaminação. Além disso, a escolha adequada de lubrificantes e vedantes também pode ajudar a minimizar a contaminação nos sistemas de lubrificação.